A brasilidade da literatura de cordel
Este tipo de literatura é encontrado apenas em quatro lugares do mundo: Portugal, Espanha, França e Brasil. Vinda de Portugal, a literatura de cordel chegou aqui trazida pelos colonizadores, instalando-se na Bahia, mais precisamente em Salvador. Dali irradiou-se para os demais estados do Nordeste.
No nosso país, essa produção popular caracterizou-se de forma diferente da observada nos demais países, prevalecendo a forma poética. Persiste, ainda hoje, com aceitação de seu público original, apesar de novos entretenimentos, como rádio e televisão, e conquistou um outro público: estudiosos, colecionadores eruditos e turistas.
Nome dado aos “folhetins” vindos dos outros países, é uma produção popular brasileira, nordestina, que ainda é encontrada sendo vendida pendurada por barbantes (ou cordéis) nos mercados populares.
No Brasil, os temas mais abordados são de cunho regional, lendas, crenças e acontecimentos locais. As capas dos folhetos, em geral, têm dizeres chamativos e também ilustração em xilogravura. As edições feitas na região Nordeste mantêm as tradições de como tais livretos são feitos. Em geral, são impressos em preto e branco e de modo artesanal, a publicação mais em conta para alcançar todo e qualquer tipo de leitor. Existem, atualmente, edições ou reedições feitas em São Paulo e Rio de Janeiro, com alguma sofisticação gráfica e capas em cores.
Thiago Tavares. Internet: <pphp.uol.com.br> (com adaptações).