Na Europa, Oswald de Andrade conviveu com intelectuais, artistas e boêmios e, por intermédio deles, entrou em contato com o Manifesto Futurista, do escritor ítalo-francês Filippo Marinetti. Esse texto havia sido divulgado, três anos antes da chegada de Oswald à Europa, pelo jornal parisiense Le Figaro e ainda exercia enorme influência sobre a vanguarda europeia. O futurismo defendia uma arte que captasse o impacto das novas tecnologias no cotidiano. A velocidade do automóvel, o movimento da máquina, o ruído das engrenagens — tudo isso constituía a matéria que a poesia e a pintura deveriam celebrar, de maneira inovadora, original. As imagens na tela deveriam não mais tentar imitar a natureza, mas distorcê-la. As palavras estavam livres das regras de versificação.
No Manifesto, constavam proposições como as apresentadas a seguir. “Já não há beleza senão na luta. Nenhuma obra que não tenha um caráter agressivo pode ser uma obra-prima. A poesia deve ser concebida como um violento assalto contra as forças ignotas para obrigá-las a prostrar-se ante o homem.”
Internet: <www.historiadaarte.com.br/futurismo.html> (com adaptações).