Do começo da era cristã até cerca de 1850, a população urbana mundial nunca excedeu 7% da população total. A Revolução Industrial mudou isso rapidamente — hoje, 75% dos habitantes de países desenvolvidos moram em cidades, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). Esse crescimento extraordinário exacerbou os problemas usuais da urbanização, tornando difícil o fornecimento de água potável, tratamento de esgoto, proteção policial e outros serviços. Um outro fator trazido pela Revolução Industrial foi a poluição.
Recentemente, a Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia publicou estudo relacionando poluição atmosférica e incidência de infartos agudos do miocárdio. Segundo esse trabalho, foram encontradas fortes evidências de que exposições a partículas suspensas e a gases resultantes da queima de combustíveis estão associadas, a curto e a longo prazos, a mortes por doenças cardiorrespiratórias.
J. Vermylen, A. Nemmar, B. Nemery e M. F. Hoylaerts. Ambient air pollution and acute myocardial infarction. In: Journal of Thrombosis and Haemostasis (com adaptações).
