O pensamento sobre a cidade e a urbanização faz surgir uma literatura que tematiza a vida brasileira a partir da experiência urbana. Justamente por lidar com o cotidiano do convívio social na cidade, Joaquim Manuel de Macedo é considerado nosso primeiro romancista urbano.
A partir do pós-guerra, a cidade marca fortemente a idéia de contraponto ao campo, como lugar e elemento modernizadores: palco de uma modernidade que denuncia uma ruptura importante com o passado.
Aqui, cabe mencionar a riqueza e as novas formulações presentes em trabalhos em campos disciplinares diversos, entre os quais, a geografia, a história e a crítica literária, que se reúnem em torno da metrópole moderna.
Por outro lado, em função dos processos de configuração da produção industrial de novo tipo no Brasil e de consolidação de novos campos disciplinares, as questões relativas tanto às cidades quanto às imagens e idéias de cidade e de metrópole podem ter-se transformado, mudando-se o rumo das discussões.
Cibele S. Rizek. In: Espaço & Debates. São Paulo, jan./dez. 2003, p. 79-91 (com adaptações).