Grandes Navegações
Um dos primeiros saltos tecnológicos sistematicamente planejados pela humanidade foram as Grandes Navegações iniciadas no final do século XV. A tecnologia necessária foi, em grande parte, obtida a partir de invenções, como a pólvora, a bússola e o papel, e o conhecimento de diversos metais que possibilitaram a construção de instrumentos e ferramentas. Nessa época, já eram conhecidos o ferro, o cobre, a prata, o estanho, o mercúrio e o ouro, bem como outros elementos químicos como o carbono, o enxofre e o arsênio.
A construção de caravelas permitiu enfrentar as imensas distâncias nos oceanos; mares nunca antes navegados, terras, povos, flora e fauna começaram a ser explorados pelos europeus. Antes da chegada dos europeus, nas Américas não existiam determinados animais — como algumas raças de cavalos, bois e porcos — e plantas, que os colonizadores trouxeram. As Grandes Navegações em direção à África, à Ásia e à América também provocaram intercâmbio de enfermidades como febre amarela e cólera, que se disseminaram facilmente nas regiões ocupadas, e de doenças sexualmente transmissíveis, como a sífilis.