O declínio da mortalidade infantil na Inglaterra, na segunda metade do século XIX, foi atribuído ao simples e eficaz poder de limpar da água com sabão. A partir da Revolução Industrial, no fim do século XVIII, as pessoas passaram a migrar para as cidades em busca de trabalho nas fábricas. Condições miseráveis acompanharam o rápido crescimento da população urbana. Os moradores da cidade não tinham uma fonte de gordura para a produção de sabão. O combustível dos pobres urbanos era a hulha, cuja produção de cinzas não era uma boa fonte de álcali, necessário para saponificar a gordura. Assim, o sabão não poderia ser feito em casa. Era preciso comprá-lo, a preço inacessível para os operários. Os padrões de higiene caíram e a imundície das moradias contribuiu para alta taxa de mortalidade infantil.