Radioisótopos são fármacos que contêm isótopos radioativos, usados em medicina nuclear como contrastes em imagens para diagnóstico ou tratamento de patologias. Se um radiofármaco for administrado a um paciente, este terá o radioisótopo depositado no órgão ou tecido-alvo e imagens da radiação proveniente do paciente poderão ser obtidas utilizandose equipamentos apropriados. Para diagnóstico, é comum o uso de radionuclídeos emissores de radiação gama, como 99Tc (tecnécio), 123I (iodo), 111In (índio), 67Ga (gálio) e 201Tl (tálio). Para destruir células tumorais, os fármacos têm em sua composição radionuclídeos emissores de radiação beta, tais como 131I (iodo), 177Lu (lutécio), 90Sr (estrôncio) e 153Sm (samário).
Desenvolver e produzir radiofármacos significa estudar a química da interação entre elementos radioativos e diferentes moléculas (substratos) para a preparação de compostos radioativos com afinidade específica por diferentes órgãos ou sistemas. Atualmente, o 99Tc tem sido um isótopo de destaque na preparação de radiofármaco com finalidade diagnóstica. O 99Tc é obtido por meio de um sistema gerador que usa 99Mo (molibdênio), conforme indicado na seqüência abaixo.
O tempo de meia vida do 99Tc é de 6 horas e, na formação do fármaco, o tecnécio pode apresentar os estados de oxidação -3, -1, +1 a +7, sendo mais freqüente o +7. Um exemplo de radiofármaco utilizado para cintilografia óssea é o MDP-99Tc, um metileno difosfonato de tecnécio metaestável, que se deposita nos ossos com preferência por áreas de crescimento ósseo, de forma que processos inflamatórios ou tumores ósseos tendem a concentrar o radiofármaco em maior quantidade, permitindo o diagnóstico. A seguir, é apresentada uma estrutura provável para o MDP-99Tc.