Desequilíbrio, crise e sustentabilidade
A palavra “sustentável” é derivada do latim sustentabile, que significa defender, favorecer, apoiar, conservar e cuidar. Por outro lado, nada disso se parece com a maioria das atitudes que alguns humanos, hipócritas e gananciosos por formação, têm desencadeado neste fantástico planeta.
Segundo dados recentes do WWF, as pessoas estão transformando recursos em resíduos numa velocidade tão grande que a natureza não consegue regenerá-los. Já consumimos cerca de 25% a mais do que o planeta é capaz de oferecer. É um suicídio em massa! A ONU estima que até 2050 a população mundial chegará a nove bilhões de pessoas, sendo que as maiores taxas de crescimento serão registradas nos países subdesenvolvidos, onde há fome, miséria e pessoas aos montes morrendo de desnutrição.
Para completar, o aquecimento global não para de aumentar, sendo os países desenvolvidos que ainda lideram a lista de consumistas exacerbados. Dessa forma, se permanecermos no estilo atual de crescimento descontrolado, veremos uma catástrofe ecológica e um aprofundamento da exclusão social. A nossa pegada ecológica, um indicador que interrelaciona a demanda humana e os recursos disponíveis na natureza, está desequilibrada.
As causas fundamentais dessa crise de crescimento desenfreado e insustentável mostram o aumento da população, o uso de recursos naturais não renováveis, a destruição da natureza e, principalmente, a mentalidade humana. Já passamos da hora de sair da concepção para a ação. O planeta tem nos dado vários sinais.
(Antônio Claret, Revista Ecológico, 17 de maio de 2011, com adaptações)