#2551594 VUNESP - 2023 - Agente de Desenvolvimento Infantil (Pref Araçatuba)

Valiosas reflexões sobre alfabetização e sobre o ensino da leitura e da escrita podem ser encontradas em Ferreiro (2010) e também em Teberosky e Cardoso (org., 2000). Ferreiro, frente à pergunta: “deve-se, ou não, ensinar a ler e a escrever na pré-escola?”, (que é muito frequente entre os professores), analisa que “essa é uma pergunta mal colocada” e que, para respondê-la, é preciso discutir os pressupostos nos quais se baseia.

Assinale a alternativa que apresenta o pensamento das citadas autoras a esse respeito.

Tudo é uma questão de método, ou seja, adotado o sócio-construtivismo, a partir dos três anos de idade, as interações adulto/crianças devem enfatizar a pronúncia correta das palavras e relacionar fala e escrita, promovendo a leitura dos crachás e placas e cartazes expostos no ambiente.
As bases psicopedagógicas da aprendizagem da leitura e da escrita indicam que, na sala de aula, se deve substituir a escrita por desenhos, até o final da pré-escola, podendo-se, no entanto, introduzir o alfabeto com cantos e brincadeiras e estimular a escrita e leitura do próprio nome.
As crianças, sujeitos cognoscentes, vivendo em contextos letrados, constroem, espontaneamente, conhecimentos sobre o ler e o escrever e seu uso na comunicação, em seu dia a dia e, na pré-escola, deve-se desafiá-los e apoiá-los nesse processo, intencionalmente.
Para crianças de classe média, já letradas em seu cotidiano familiar, pode-se apenas reforçar esse processo, mas para as que pertencem a lares analfabetos, a ética do educador impõe, já na pré-escola, “pegar pesado” no ensino do ler e do escrever, prevenindo o fracasso.
Já no berçário e na creche, deve-se povoar o ambiente escolar com coisas escritas, como os nomes das crianças, as indicações de localização; mas, na pré-escola é hora de exercitar o controle motriz no traçado das letras e introduzir as famílias silábicas.