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O modelo de racionalidade que orienta a ciência constituiu-se a partir da revolução científica do século XVI e foi desenvolvido nos séculos seguintes basicamente no domínio das ciências naturais. Ainda que com alguns prenúncios no século XVII, é só no século XIX que este modelo de racionalidade se estende às ciências sociais emergentes. A partir de então se pode falar de um modelo global de racionalidade científica que admite variedade interna, mas que se defende ostensivamente de duas formas de conhecimento científico: o senso comum e as chamadas humanidades ou estudos humanísticos. Sendo um modelo global, a nova racionalidade científica é também um modelo totalitário, na medida em que nega o caráter racional a todas as formas de conhecimento que não se pautarem pelos seus princípios epistemológicos e pelas suas regras metodológicas. É esta a sua característica fundamental e a que melhor simboliza a ruptura do novo paradigma científico com os que o precedem.


Boaventura de Sousa Santos. A crítica da razão indolente:

contra o desperdício da experiência. 2007, p. 60-1 (com adaptações).

 

Conforme o texto A crítica da razão indolente:..., a “nova racionalidade científica” é um modelo totalitário porque



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