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O Cerrado da Estação Ecológica de Itirapina, a 230 quilômetros da capital paulista, abriga 231 espécies de aves, como a gralha-do-cerrado, gaviões, garças, corujas e a ema, a maior ave brasileira. Também abriga o rato-de-espinho (Clyomys bishopi), roedor exclusivo do Cerrado paulista. Esse animal armazena e espalha frutos e sementes, vive em colônias em túneis escavados no solo, que acolhem lagartos e sapos. O roedor serve de alimento para aves e cobras, principalmente. Na região, há árvores tortuosas e de cascas grossas, como o pequizeiro (Caryocar brasiliense) e a gabirobeira (Campomanesia adamantium). Assim como em outros biomas, uma forma de ganhar alguns meses de vida é parecer venenoso: mesmo uma semelhança superficial com uma coral verdadeira já afasta predadores. Gaviões, corujas, gralhas e garças não distinguem as cobras corais falsas das verdadeiras, já que ambas são coloridas. Na dúvida sobre qual seria realmente venenosa – o risco de errar pode significar a morte –, os predadores preferem cobras bem diferentes das corais. Assim, as corais verdadeiras, ainda que raras em Itirapina, beneficiam todas as outras coloridas. “É um altruísmo involuntário”.
(Cartas Fioravanti http://revistapesquisa.fapesp.br/. 01.03.2008. Adaptado)
Além das adaptações citadas no texto, as árvores da região estudada também podem apresentar