"Sem Especialidade"

O documento “Referências para o desenvolvimento territorial sustentável”, publicado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, em 2003, afirma que “o desenvolvimento rural deve ser concebido num quadro territorial, muito mais que setorial: nosso desafio será cada vez menos como integrar o agricultor à indústria e, cada vez mais, como criar as condições para que uma população valorize um certo território num conjunto muito variado de atividades e de mercados.” Tal afirmativa parte da concepção de que os recursos específicos de um território (que o diferenciam de outros) podem ser um importante fator para:

aumentar a escala de produção, favorecendo a inserção competitiva no mercado pelos preços baixos e o estabelecimento de estratégias de desenvolvimento.
valorizar produtos ou serviços territoriais no mercado através da ligação entre os atributos específicos do território e os produtos ou serviços, desde que identificados e valorizados pelos consumidores.
definir linhas de financiamento para que possam ser utilizados, pelos agricultores familiares, os pacotes tecnológicos gerados pela pesquisa agropecuária em associação com a assistência técnica.
estabelecer uma maior capacidade de os agricultores familiares entrarem no mercado de commodities, para que possam se tornar competitivos no mercado globalizado.
facilitar a formação de políticas públicas voltadas para a valorização das commodities no mercado nacional e internacional.