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Texto 1

 

(Rachel de Queiroz, Herois do nosso tempo. apud Melo Mesquita, Roberto. Para Aprender Português. Saraiva)

 

A gente costuma falar mal da televisão e, na verdade, temos muito para isso. Ao mesmo tempo há que reconhecer os méritos óbvios desse insuperável veículo de comunicação, há o milagre eletrônico que ele representa.

 

Mas há outros méritos de que se fala pouco e, no entanto, estão sempre visíveis e diários. Por exemplo, o acesso à informação e à comunicação, aberto a qualquer tipo de pessoa, por mais humilde que seja, por mais distante que viva. Note-se, especialmente depois que se inauguraram esses programas de consulta popular, em que o repórter sai pela rua, interpelando o transeunte a respeito de qualquer problema da comunidade. Chega a haver muita gente que, não apenas se esquiva, mas até sai ansiosa à procura da moça do microfone, para dar o seu recado a respeito do que ela quer ou teme, do que sofre, do que precisa, do que a atormenta ou revolta. O liberador desabafo. Isso só a TV pode fazer.

 

É a comunicação direta e imediata – ao vivo – entre a pessoa da rua ou da favela, ou da enchente, ou da seca, ou selva amazônica e o resto da população. Gente até então sepultada num anonimato, que se diria inviolável, e de repente aparece à luz do sol , para dezenas de milhões de brasileiros seus irmãos, e mostra a sua face, diz que está viva, que tem um coração no peito batendo igual ao teu, que da sua boca ( a que muitas vezes faltam dentes) podem sair palavras de sabedoria, importantes pedidos de socorro e – por que não? – até brados de revolta.

 

De acordo com o pensamento da autora do texto 1, com base no segundo parágrafo, qual a importância da televisão?



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