No capítulo “Suicídio infantil: o desespero humano na realidade hospitalar”, Angerami-Camon (2004) comenta, EXCETO:
No caso da tentativa de suicídio na infância, atribui-se o ato a um possível acidente doméstico e, muitas vezes, os profissionais da saúde que trabalham nas enfermarias que recebem esses pacientes insistem no fato de que a profilaxia para tais casos consiste unicamente no afastamento do alcance das crianças de medicamentos e substâncias corrosivas.
O suicídio infantil mostra a necessidade de um posicionamento harmonioso dos profissionais da saúde para que o sofrimento humano seja compreendido em sua verdadeira essência. E, embora essa realidade mostre números alarmantes, ainda estamos longe da adoção de um conjunto de atitudes que possa apreender esse sofrimento de modo claro e efetivo.
O suicídio entre crianças supera, em ocorrência, tumores, leucemias e outras doenças letais como causa da morte, de acordo com estatísticas norte-americanas.
O suicídio é um fenômeno que, ao se manifestar, não atinge apenas a vítima, mas seus familiares e amigos próximos. Ou seja, a sua ocorrência atinge todos que direta ou indiretamente convivem com a vítima.