Sobre as intervenções e psicoterapias breves no contexto hospitalar, Romaro (LANGE, 2008) afirma:
A situação de crise torna o indivíduo menos permeável à ajuda, já que os mecanismos de defesa estão mais estruturados, constituindo-se este um momento de fechamento do paciente para a significação da crise.
A psicoterapia breve dinâmica caracteriza-se por um período de avaliação dos recursos egoicos, envolvendo funções cognitivas, forma de manifestação dos afetos e impulsos, controle da ansiedade e resistência à frustração, mecanismos defensivos predominantemente utilizados, regulação da autoestima, avaliação da realidade e capacidade adaptativa.
A psicoterapia breve, em geral, não ocorre no contexto ambulatorial de um serviço de saúde mental, ou de um hospital geral, sem a possibilidade de planejamento do tratamento devido ao risco de uma alta ou de uma transferência iminente.
No contexto hospitalar, não podemos pensar em Intervenções Breves no atendimento de pacientes em pronto-socorro e internados nas mais diversas situações e clínicas, nem no suporte aos cuidadores. Em geral, essas intervenções não possuem um aspecto preventivo, e a situação inicial do paciente e de seus familiares pode ser alterada a qualquer momento com a transferência do mesmo para outro estabelecimento ou enfermaria no mesmo hospital.