#3597265 FUNCERN - 2025 - Professor de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (IF RN)/Língua Portuguesa e Literatura Brasileira

Considere o excerto a seguir:

A concepção de sociedade, a partir da qual esse ensino de língua foi proposto, anunciava a condição de subordinação das classes populares às classes dominantes. Parte desta proposta pedagógica envolvia estigmatizar as(os) estudantes das camadas mais populares, desqualificando os seus dialetos, os seus registros linguísticos, e apresentando o Português como uma língua dominada apenas por um grupo seleto. Também é importante relacionar essa concepção de ensino de língua com a nossa herança colonial. Sendo o Brasil um país de base histórica escravocrata e racista, muitas das teorias produzidas para pensar a educação brasileira, bem como o ensino de línguas, eram reproduções de ideias europeias que partiam da compreensão de que os grupos sociais miscigenados eram considerados incapazes (Patto, 2015).

A construção textual do excerto, considerando o cotexto em que ele foi inserido, orienta-se para

posicionar, com base em prescrições explícitas e normativas, o comportamento ideal de educadoras(es) em relação à abordagem da variação linguística em sala de aula, indicando práticas a serem seguidas.
delinear, com base em caracterizações, os aspectos linguísticos e pedagógicos do ensino tradicional da Língua Portuguesa, com emissão de juízos de valor e rupturas teóricas, permitindo uma análise objetiva e detalhada das práticas educacionais estabelecidas.
sustentar, com base em posicionamento crítico e fundamentação teórica, a necessidade de transformar o ensino da língua em um processo de valorização dos sujeitos e de seus repertórios linguísticos diversos.
desenvolver, com base em encadeamento temporal, uma sequência de eventos vivenciados por professoras(es) diante de situações de preconceito linguístico e exclusão escolar, permitindo compreender melhor os desafios enfrentados e as estratégias adotadas.