Quando pensamos em representação de negritude na história da arte branco-brasileira, alguns pontos devem ser cantados com atenção. É necessário racializar o que entendemos como história da arte no território que convencionamos nomear Brasil.
PINHEIRO MENDES, L. Minha história é suada igual dança no ilê, ninguém vai me dizer o meu lugar. Políticas Culturais em Revista, [S. l.], v. 14, n. 2, p. 122–141, 2021. DOI: 10.9771/pcr.v14i2.44177.
Axexê é a cerimônia de enterro da espiritualidade da pessoa iniciada falecida, como se fosse um “desfazimento” da iniciação dentro do candomblé nagô. (...) A partir disso, propõe-se o enterro da espiritualidade coletiva de mulheres negras que foram amas de leite no Brasil escravocrata a partir de reproduções impressas. Uma reprodução da pintura “A Negra” (1923), cuja modelo foi a ama de leite da autora da obra, Tarsila do Amaral, também é enterrada.
FELINTO, R. Axexê da negra ou o descanso das mulheres que mereciam serem amadas. São Paulo, 2017, com adaptações.
Fonte: acervo da artista