"2016.2"

Construir formas de trabalhar em equipes orientadas por uma racionalidade diversa da hegemônica na assistência e que caminhem na direção da humanização enseja ainda que o modelo de gestão seja repensado, com o objetivo de fomentar espaços de gestão colegiada no dia a dia dos serviços, aumentando a comunicação e o grau de transversalização entre sujeitos, em que cada um possa ser e se sentir protagonista, respeitado e valorizado em relação ao seu saber e fazer e, ao mesmo tempo, se responsabilize pelos rumos da atenção prestada. Um modo de fazer gestão em que possam ser discutidos os problemas, construídos consensos e pactuadas decisões de forma coletiva e democrática, para que as relações interprofissionais sejam também mais democráticas e voltadas para o bem comum.

CARDOSO, Cíntia Garcia; HENNINGTON, Élida Azevedo. Trabalho em equipe e reuniões multiprofissionais de saúde: uma construção à espera pelos sujeitos da mudança. Disponível em: <http://www.scielo.br/>. Acesso em: 20 abr. 2016.

Considerando-se os aspectos que mantêm a progressão das ideias do texto, é correto afirmar:

A preposição “por”, em “por uma racionalidade diversa da hegemônica na assistência” (l. 2-3) apresenta uma ideia de causa, sugerindo a razão pela qual se constroem novas formas de trabalho na assistência à saúde.
A marca linguística “ainda”, em “enseja ainda que o modelo de gestão seja repensado” (l. 4-5), denota a inclusão de outra medida que viabilizará maior entrosamento entre os membros das equipes, objetivando uma assistência mais qualificada.
O conector “que”, em “que o modelo de gestão seja repensado, com o objetivo de fomentar espaços de gestão colegiada” (l. 4-6), introduz uma qualidade do termo “humanização” (l. 4), retomando especificamente esse substantivo.
O pronome possessivo “seu”, em “seu saber” (l. 10), resgata anaforicamente, no contexto em que está inserido, a palavra “transversalização” (l. 8).
A locução “para que’, em “para que as relações interprofissionais sejam também mais democráticas” (l. 15-16) tem valor prepositivo e insere, no período, uma circunstância de consequência, evidenciando o que acontecerá, caso haja uma gestão que valorize as relações interpessoais.