"O que ele queria era felicidade, era alegria, era fugir de toda aquela miséria, de toda aquela desgraça que os cercava e os estrangulava. Havia, é verdade, a grande liberdade das ruas. Mas havia também o abandono de qualquer carinho, a falta de todas as palavras boas." − Fragmento I
"Quando se cansaram passaram para a sala. Pediram quatro pi e o Gato sacou um baralho do bolso das calças. Um velho bar sebento, de canas muito grossas. O Querido-de-Deus afirmava o homem viria, o camarada que lhe dera a informação era um sujeito seguro." − Fragmento II
"E agora estavam ali, no Ponto das Pitangueiras, esperando que o guarda se alistasse. Escondidos no vão de um portal, não falavam. Ouviam o voo dos morcegos que atacavam os sapotis maduros nos pés. Finalmente, o guarda andou, eles ficaram espiando até que a sua figura desapareceu na curva que a rua fazia." Fragmento III
"Fez sinal para os dois esperarem do outro lado da rua, chegou para perto do portão da casa. Logo que se encostou, um grande cão se aproximou latindo. Pedro Bala amarrou um cordel no ferrolho do portão, enquanto o cão andava de um lado para outro, latindo baixo." − Fragmento IV
(Fragmentos do livro "Capitães de Areia" , de Jorge Amado)