PS 2012 2º Semestre

Sobre a questão da escravidão no comércio transatlântico, LEIA os dois trechos a seguir:

Trecho 1: A participação dos africanos

“Relatos dos escravos nas masmorras da África e nos navios negreiros começaram a ser difundidos desde o final do século XVIII. Mas o tormento daqueles infelizes começava antes, na hora da caçada de gente, que poucas vezes envolvia diretamente os traficantes europeus ou árabes. A produção do escravo, isto é, a captura e escravização de africanos, realizava-se previamente, no quadro das próprias sociedades africanas.”

Trecho 2: Depoimento do escravo Quobna Ottobah Cugoano.

“Devo admitir que, para a vergonha dos homens de meu próprio país, em primeiro lugar, fui raptado e traído por alguém de minha própria cor.”

DEMÉTRIO MAGNOLI. Uma gota de sangue: história do pensamento racial. São Paulo: Contexto, 2009. p. 196 e 197

Sobre os relatos e opiniões apresentados nos trechos acima, É CORRETO afirmar que

ampliam a discussão sobre o tráfico negreiro, mostrando contradições e explorações que ocorriam dentro da própria estrutura social africana.
derrubam as versões tradicionais da história social da escravidão e representam a posição ideológica de historiadores conservadores.
representam provas forjadas para evitar o progressivo processo de conquista de igualdade social por parte das minorias negras no Brasil.
retiram a responsabilidade da Europa sobre o tráfico negreiro, pois a captura e escravização eram controlados pelos governos locais.