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Com a queda da monarquia, em 1889, ainda que preservada a dominação oligárquica, o novo regime acaba beneficiando-se dos efeitos modernizadores, decorrentes da abolição da escravatura (1888), sobre o desenvolvimento da economia cafeeira que se dinamiza com a introdução do trabalho livre e de imigrantes europeus. Com a Primeira República, extingue-se o sistema censitário, mas os analfabetos são excluídos totalmente do direito de voto.


As primeiras pressões democratizantes buscando alterar a ordem liberal excludente se desencadeiam apenas na década de 20, quando se inicia a crise da República Velha, que, com a Revolução de 1930, submerge no centro de suas próprias contradições. As insurreições sucessivas dos tenentes e a Coluna Prestes permitem, mais tarde, que a Aliança Liberal, com a Revolução de 1930, transcenda à mera disputa regionalista e se transforme em um projeto nacional que busca legitimidade nas camadas médias urbanas, superando os limites ideológicos das oligarquias dissidentes.


Essas aspirações crescentes do Brasil urbano serão, em parte, frustradas, após 1930, pela conjugação de duas tendências antiliberais — o estatismo crescente e o pensamento autoritário. A radicalização político-ideológica dos anos críticos,entre 1934 e 1938, solapa o consenso revolucionário e produz efeitos perversos. Na república populista, após o Estado Novo de Vargas, persiste o mesmo padrão dominante da lógica liberal e da práxis autoritária. A estruturação partidária de 1945 a 1966 foi dominada pela hegemonia dos partidos conservadores.


Hélgio Trindade . Brasil em perspectiva: conservadorismo liberal e democracia bloqueada. In: Carlos Guilherme Mota (Org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500–2000) – a grande transação. São Paulo: SENAC, 2000, p. 357–64 (com  adapt ações).

 

A partir do texto acima, julgue o item que se segue, relativos à evolução histórica do Brasil republicano.

 

O que os modernistas procuravam fazer na década de 20 do século passado, isto é, uma nova forma de olhar o Brasil, estimulando a mudança da imagem que o brasileiro fazia de si mesmo e do país, ganha considerável impulso na década seguinte. É quando, entre outros intelectuais que se lançam à tarefa de interpretar o Brasil, Gilberto Freyre publica Casa Grande & Senzala, defendendo a extraordinária força da mestiçagem cultural brasileira.

 



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