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A estrutura do Breve Século XX parece uma espécie de tríptico ou sanduíche histórico. A uma era de catástrofe, que se estendeu de 1914 até depois da Segunda Guerra Mundial, seguiram-se cerca de 25 ou 30 anos de extraordinário crescimento econômico e de transformação social, anos que provavelmente mudaram de maneira mais profunda a sociedade humana que qualquer outro período de brevidade comparável. Retrospectivamente, podemos ver esse período como uma espécie de era de ouro, e assim ele foi visto quase imediatamente depois que acabou, no início da década de 70. A última parte do século foi uma nova era de decomposição, incerteza e crise — e, com efeito, para grandes áreas do mundo, como a África, a ex-URSS e as partes anteriormente socialistas da Europa, de catástrofe. À medida que a década de 80 dava lugar à de 90, o estado de espírito dos que refletiam sobre o passado e o futuro do século era de crescente melancolia fin-de-siècle. Visto do privilegiado ponto de vista da década de 90, o Breve Século XX passou por uma curta era de ouro, entre uma crise e outra, e entrou em futuro desconhecido e problemático, mas não necessariamente apocalíptico.
Eric Hobsbawm. Era dos extremos – O breve século XX (1914–1991). São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 15–6 (com adaptações).
Em face das info rmações apresentadas no texto acima e considerando aspectos históricos marcantes do século XX, contingenciadores da política internacional praticada no período, julgue o item seguinte.
Em 1944, representantes de 44 países — entre os quais o Brasil — reuniram-se em Bretton Woods com o objetivo de criar mecanismos que livrassem o mundo de crises globais, a exemplo da decorrente da Primeira Guerra e, em especial, da Grande Depressão dos anos 30.