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Em um paralelo entre a arquitetura e a música, Fonterrada aponta para o contraponto dos séculos XIII e XIV. Este desenvolve-se em arcos construídos em direção a um destino, no qual não importam as relações harmônicas e empregam-se muitas dissonâncias entre os pontos inicial e final de cada arco. Entre os pilares dissonantes, as linhas melódicas desenvolvem-se horizontalmente do mesmo modo que a narrativa ou a catedral. Um exemplo desse comportamento é a composição aditiva, comum àquela época, em que as vozes se relacionam com o tenor, em termos de consonância e dissonância, mas independentes umas das outras. Nesse tipo de composição, pode-se acrescentar ou omitir vozes sem que a estrutura se altere substancialmente. Do mesmo modo que o edifício desse período, a peça não se apresenta completa e comporta constantes alterações, o que nos dá fortes indícios do tipo de audição da época, predominantemente horizontal.
(Marisa T. de O. Fonterrada. De tramas e fios: um ensaio sobre a música e educação. Adaptado)
O trecho aponta para relações entre a arquitetura e a música do período
Outras questões do mesmo concurso: Pref Serrana / PEB (Pref Serrana) / 2018 / Educação Artística
