Na Uber, trabalhadores e trabalhadoras com seus automóveis arcam com as despesas de seguro, manutenção de seus carros e alimentação e não ganham nada pelo tempo em que aguardaram por uma ligação da plataforma. Ao recusarem solicitações, correm o risco de serem demitidos. A uberização é um processo no qual as relações de trabalho são crescentemente individualizadas, assumindo a aparência de “prestação de serviços” e ocultando as relações de assalariamento e exploração de trabalho.
(Adaptado de Ricardo Antunes. Trabalho intermitente e uberização do trabalho no limiar da indústria 4.0. In: Ricardo Antunes (org), Uberização, trabalho digital e indústria 4.0. São Paulo: Boitempo Editorial , 2020, p. 9-10.)