O trecho a seguir foi retirado do artigo “Etno-histórias nas escolas brasileiras: um caminho de aproximação com os povos indígenas”. No artigo, os autores distinguem três tipos de literaturas:
Literaturas indígenas: produções artístico-literárias criadas por pessoas indígenas. Têm forma e conteúdo diversificados e tratam de questões étnicas (tradições, resistências), subjetivas (sentimentos), identitárias (sentimento de não pertencimento, por exemplo) e/ou sociais (alcoolismo, violência, suicídio).
Literaturas indigenistas: falam sobre os indígenas, sobre seus modos de ser e outros temas relacionados, de forma a dialogar com a luta dos diferentes povos e de favorecer o protagonismo indígena.
Literaturas indianistas: trazem a figura do indígena como o “bom selvagem”, em geral de forma romantizada ou estereotipada, por vezes caracterizando-a como preguiçosa e não civilizada.
(Adaptado de Rogério Back, Ana Paula Marques Beato-Canato e Marcel Alvaro de Amorim. Etno-histórias nas escolas brasileiras: um caminho de aproximação com os povos indígenas, Gragoatá, Niterói, v.26, n. 56, 2021.)