O gás natural está mais competitivo do que a energia elétrica em todas as regiões do país e também é mais vantajoso do que o óleo combustível para as indústrias com consumo acima de 50 mil metros cúbicos, segundo levantamento da Associação Brasileira de Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), obtido com exclusividade pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. E a competitividade tende a aumentar mais em diversos Estados, tendo em vista que algumas distribuidoras ainda não passaram por reajuste das tarifas de gás.
“O momento que estamos vivendo agora é em função da queda do barril do petróleo, que é uma das variáveis que compõem o preço do gás. Isso está provocando uma redução de custo, que está na ordem de 5% a 6%”, explica o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon.
No segmento residencial, o gás natural é competitivo em todas as regiões, com destaque para o Centro-Oeste, onde o preço do gás natural para clientes de alto consumo é 57,5% inferior ao valor da tarifa de energia elétrica, seguido pelo Sul, com uma diferença de 56,9%, pelo Nordeste (44%) e pelo Sudeste (34,6%). Já para clientes residenciais de baixo consumo, a menor variação é no Sudeste (7,5%) e a maior, no Sul (43,7%).
No caso do Sudeste, Salomon salienta que os dados ainda não consideram o reajuste das distribuidoras do Rio de Janeiro, realizado em maio, e também de São Paulo, onde ainda devem ser anunciados. A entidade aponta, ainda, que mesmo uma diferença menor já sinaliza para os consumidores que é mais vantajoso utilizar o aquecedor a gás, substituindo o chuveiro elétrico.
No segmento comercial, a diferença de preços é ainda maior. O Nordeste é a região onde o energético é mais competitivo, já que o preço do gás está 73,1% inferior ao da energia elétrica na classe de consumo de 50 mil m3 por mês. Na outra ponta, a menor economia fica com consumidores comerciais do Sudeste com demanda de 500m³/mês, que mesmo assim têm custo 38,3% inferior com o gás em relação a eletricidade.
Na classe industrial, o comparativo foi feito com o óleo combustível, uma vez que, conforme a Abegás, de um modo geral, a indústria não utiliza energia elétrica para gerar vapor, mas apenas de forma pontual, para força mecânica – em empilhadeiras por exemplo. No segmento, o gás natural é competitivo para consumidores acima de 50 mil m3/mês em todas as regiões. A maior vantagem é para os consumidores da classe de 1 milhão de m3/mês no Centro-Oeste, que possuem uma tarifa de gás 46,3% menor do que o preço do óleo A1. Já no Sudeste, a diferença varia de uma redução mínima de 0,1% a 27,4%, dependendo do volume de consumo.
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