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Texto para a questão.

 

Pense antes

 

A obesidade rende livros, revistas, receitas com baixas calorias, regimes da moda, lançamentos de remédios, shakes, sopas etc. Garante audiência, proporciona lucro e desperta ansiedade e, talvez por isso mesmo, nem todo mundo que se lança a uma estratégia de emagrecimento consiga ir além da primeira semana. E não se trata de pouca gente. Estudo de 2007 da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica estima que 63 milhões de pessoas a partir de 18 anos têm peso acima do normal. Entre elas, 15 milhões de obesos e 3,7 milhões com obesidade mórbida.

 

Mais que estética, a questão é também de saúde pública. Segundo a Organização Mundial de Saúde, há países, como Canadá, EUA, Reino Unido, México e Austrália, em que 60% da população está acima do peso ideal. Um estudo divulgado pelo The New England Journal of Medicine revelou que a obesidade e o acúmulo de gordura abdominal duplicam o risco de morte nos países europeus — foram nove os analisados, durante dez anos, com acompanhamento de 360 mil pessoas, coordenado pelo Instituto Catalão de Oncologia.

 

Obesidade é acúmulo de gordura corporal, ocorre quando a quantidade de energia ingerida supera o gasto energético, por um tempo considerável. Segundo especialistas, há quatro tipos de obesidade: alimentar, metabólica, medicamentosa e genética. A maioria dos casos se refere ao primeiro.

 

“Se não comer a mais, não engorda. Se não tem tijolo e não tem cimento, não se constrói a casa”, afirma um cirurgião bariátrico e do aparelho digestivo. “Um dos problemas que fazem a pessoa ganhar peso é o hipotireoidismo, quando a tireoide funciona aquém do normal, os hormônios caem, baixa o metabolismo do organismo e a pessoa tem tendência engordar.” Mas, se não houver controle da tireoide, o ganho de peso pode ser de, no máximo, sete quilos, em muito devido a inchaço. “Se a pessoa regular a tireoide, melhora até o inchaço rapidamente. Não tem quem fique 30 quilos acima do peso só porque a tireoide não funciona bem”, explica o médico. O mesmo se refere à obesidade medicamentosa. “Não é porque uma pessoa toma algum tipo de corticoide, um alterador de apetite e metabolismo, que vai ficar 40 quilos acima do peso”, enfatiza. Verifica-se então que o principal problema de grande parte dos obesos é comer mais do que precisa.

 

Roberta Alves. In: Revista do Brasil, n.º 34, abril de

2009. São Paulo: Atitude (com adaptações).

 

Depreende-se do texto que



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