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Instituto Rio Branco
Questão 1 de 1
Matéria: História

Texto para a questão.


O século XX coincidiu com a máxima expansão das categorias fundamentais do mundo moderno — sujeito e trabalho —, eixos que presidiram a atualização e exasperaram os limites do liberalismo e do socialismo, as duas grandes utopias da modernidade. Tais utopias não nasceram no século XX, mas este foi o laboratório mais distendido de todas elas, o campo concreto de experimento de suas virtualidades, das suas figuras e de sua imaginação. Talvez por isso o século XX exiba uma característica única e contraditória: parece ter sido o mais preparado e explicado pelos séculos anteriores e, simultaneamente, o que mais distanciou a humanidade de seu passado, mesmo o mais próximo, decretando o caráter obsoleto de formas de vida e sociabilidade consolidadas durante milênios.

 

O século XX foi o salto definitivo da humanidade para o futuro, para a história entendida como transformação permanente e fluxo contínuo do tempo em direção a um tempo de abundância e liberdade, perspectiva avalizada pela sistemática ampliação das promessas da ciência, da tecnologia, das novas modalidades de organização social e da produção material. Um século, portanto, de mandamentos utópicos que sacrificaram o passado e seus mitos, mudaram o ritmo da vida e ocidentalizaram a Terra, tornando-a mais homogênea e seduzida por semelhantes imagens de futuro. Nesse sentido, nada mais próximo e nada mais distante do século XIX do que o século XX.

 

Rubem Barboza Filho. Século XX: uma introdução (em forma de prefácio). In: Alberto Aggio e Milton Lahuerta (orgs.). Pensar o século XX:

problemas políticos e história nacional na América Latina. São Paulo: Editora UNESP, 2003, p. 16 (com adaptações).

 

No quadro mais amplo da contemporaneidade, o texto aproxima e distingue tendências do século XIX e do século XX. Nesse contexto, julgue (C ou E) o item seguinte.

 

Ao contrário da Ásia e, particularmente, da África, ambas repartidas entre as principais potências ocidentais, a América Latina praticamente não sofreu a ação do imperialismo, o que se explica pelo fato de, em larga medida, as antigas colônias ibéricas terem conquistado sua independência na primeira metade do século XIX.



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