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Ao longo da segunda metade do século XIX, época da introdução das ferrovias no Brasil, uma sucessão de planos de viação foi apresentada aos governos, todos eles descartando as rodovias como principal instrumento de integração e colocando ênfase nas vias férreas e na navegação fluvial e marítima como a solução para os problemas do isolamento a que ainda se viam submetidas as regiões brasileiras. O estudo do engenheiro militar Eduardo José de Moraes, apresentado ao governo imperial em 1869, continha ambicioso projeto de aproveitamento de vários rios brasileiros. O seu trabalho, intitulado “Navegação Interior no Brasil”, destacava as enormes potencialidades das bacias hidrográficas brasileiras, prevendo a implantação de uma ampla rede de navegação fluvial, que facilitaria as comunicações dos mais remotos pontos do país entre si, por meio da construção de canais, eclusas e outras obras de engenharia. O plano, além de enfatizar o aproveitamento das vias interiores de navegação, preconizava, ainda, a integração do sistema fluvial com as ferrovias e com a navegação de cabotagem, por meio da construção de três grandes estradas de ferro conectando os portos do Rio de Janeiro, de Salvador e de Recife com as bacias — tudo isso de uma forma harmônica e coordenada. A implementação desses planos e de outros que se seguiram terminou constituindo não mais do que uma aspiração não concretizada de grandes estadistas brasileiros do século XIX.
Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: <www.ipea.gov.br>.
Com base nesse texto, julgue o item.
Pelas informações do texto, depreende-se que, desde o século XIX, já se propunha que o sistema rodoviário fosse o principal instrumento de integração entre as diversas regiões brasileiras.