#2746622 CEBRASPE (CESPE) - 2010 - Pesquisador-Metrologista em Metrologia e Qualidade (INMETRO)/Metrologia Aplicada à Ciências Forenses

Texto para a questão.

Um perito criminal recebeu no laboratório de criminalística uma amostra de um material sólido branco talcoso que tinha sido encontrada ao lado do corpo de um indivíduo que não apresentava sinais de violência. Nenhuma informação a respeito da identidade desse material acompanhou a amostra. O médico legista coletou amostras de urina e sangue e encaminhou para o laboratório para análise. Havia suspeita de que o indivíduo havia ingerido álcool, pois uma garrafa vazia de uísque foi encontrada ao lado do corpo.

Considerando que, na situação hipotética descrita no texto, o perito não consiga obter um cromatograma satisfatório por CG e decida injetar o extrato em um cromatógrafo líquido de alta resolução, com detector espectroscópico de ultravioleta/visível (HPLC-UV/VIS), assinale a opção correta.

O referido cromatógrafo possui um sistema de bombeamento capaz de imprimir uma pressão ao solvente utilizado como fase móvel, possibilitando que este atravesse a coluna cromatográfica, que pode alcançar até 2 m de comprimento em poucos minutos.
Uma das formas que o perito tem de injetar a amostra no sistema cromatográfico é por meio de alças de amostragem, que podem ser intercambiadas, permitindo a injeção de volumes variados de amostra.
Uma das desvantagens da técnica de HPLC-UV/VIS por gradiente é que análises quantitativas são difíceis de serem realizadas devido à alteração da resposta do detector causada pela mudança da composição do solvente.
O perito deve ajustar o comprimento de onda do detector para 430 nm, valor que permite detectar moléculas que contenham pelo menos uma ligação dupla.
Caso o perito suspeite que o material talcoso seja cocaína e queira confirmar essa suspeita, deve ajustar o comprimento de onda de detecção para 235 nm, na região visível do espectro eletromagnético.