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Os temas língua, variação linguística e preconceito linguístico são assuntos hoje discutidos não somente no âmbito das pesquisas linguísticas, mas alcançou também o cenário escolar.

Nesse sentido, considera-se não somente a fala do produtor, mas também o próprio falante e as condições em que a fala é produzida, diferente de correntes linguistas que veem a língua alheia a fatores sociais. Isso acarretou e ainda acarreta problemas relacionados ao ensino de língua, pois, esquivando-se das possíveis influências extralinguísticas, assumem uma concepção de linguagem que sugere descrição apenas de regras internas da língua e dos componentes da gramática, descrição que, dos seus pontos de vista, será suficiente ao ensino de língua.

Como não se consideram variações ou influências típicas da fala sobre os elementos da língua, o valor social das diferentes formas e o estudo das mudanças na língua ficam excluídos, consequentemente ficam excluídos do ambiente escolar, e, assim, ficam excluídos também o conhecimento linguístico de nossas crianças, o conhecimento sociocultural e é descartado e desperdiçado todo o conhecimento prévio dessas crianças, instalando-se aí o preconceito linguístico.

 

(BORTONI-RICARDO, 2004).

A teoria da variação linguística fornece um instrumental metodológico que permite analisar e sistematizar os diferentes tipos de variação linguística. Um aspecto muito importante da variação é o fato de que ela não está limitada a um dos níveis da gramática, mas se apresenta em todos: no nível fonético/fonológico, no morfológico, no sintático, no lexical e no discursivo. Na fala, certos ditongos aparecem tanto de maneira plena quanto de maneira reduzida, dependendo de quem fala, como em: peixe/pexe, outro/otro, caixa/caxa. Essa variação acontece em qual nível da língua?



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