Enunciados de questões e informações de concursos
A maior volta ao mundo que eu dei foi na Amazônia (...) Isso explica a copiosa e variada literatura que existe hoje sobre a Terra Verde. Alguns filhos da Amazônia (...), como donos legítimos do assunto, torceram o nariz, com mal dissimulado azedume, aos adventícios que estudaram e descreveram a sua planície.
– Barlaventistas! Era como os denominavam, pejorativamente, no Pará (...)
Nuno Vieira acrescentou: “Literatos, quantos a espiem pelas escotilhas de navios ligeiros, com a preocupação de fazer obra de ciência, não a verão jamais. Para bem vê-la e bem compreendê-la, é questão de querer descer ao chão e escutar com amor os corações subterrâneos”. (...)
A imaginação do homem, na Amazônia, é uma diátese geográfica. (...) O caráter do homem amazônico é a saturação de suas íntimas necessidades: comprimido entre duas infinitas melancolias – a do rio e a da floresta –, ele se contrai sobre si mesmo, para fugir nas asas da imaginação.
JUNIOR, Peregrino. Fisionomia geográfica e social da Amazônia. In:
MENESES, Djacir (org.). O Brasil no pensamento brasileiro. Brasília: Senado Federal, 1998, p. 540-541.
Disponível em: <https://www2.senado.leg.br/>. Acesso em: 8 ago. 2020, com adaptações.
Considerando as ideias descritas no texto apresentado, julgue (C ou E) o item a seguir.
A frase de Nuno Vieira contém crítica aos literatos que acreditam fazer ciência amazônica, quando, na verdade, têm contato superficial com a realidade da região.