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As tradições éticas do mundo pré-moderno concentravam-se nas qualidades do caráter responsáveis por uma vida boa e feliz — as virtudes. A natureza exata dessas virtudes era uma questão aberta à discussão. Os antigos gregos identificaram a coragem, a temperança, a prudência e a justiça. Os cristãos acrescentaram a fé, a esperança e a caridade à lista, e rebaixaram o orgulho — que para os pagãos era uma virtude — a um vício. Outras virtudes foram exaltadas em caráter mais temporário. A Renascença enaltecia a intrepidez; os puritanos, a parcimônia e a labuta. O Oriente tem as suas próprias tradições.

 

Confúcio enfatizava a devoção filial, Lao-Tsé, a espontaneidade.

 

Mas todos concordavam que as virtudes — algumas virtudes — devem ser o cerne da vida moral.

 

A ética das virtudes injetou uma vida nova na filosofia da moral. Ela salvou essa filosofia da aridez e colocou-a em contato com a teologia, a literatura e a história. Mas a influência da ética das virtudes no chamado “mundo real” tem sido nula. Nessa área, se houve movimento, foi na direção oposta, com diretrizes e metas engolindo aquilo que no passado era o reino da decência e do senso comum.

 

Edward Skidelsky. O retorno da bondade.

Internet: <noticias.uol.com.br> (com adaptações).

 

Julgue o item subsequente, acerca dos aspectos linguísticos e da interpretação do texto acima.

 

As vírgulas usadas em “Os antigos gregos identificaram a coragem, a temperança, a prudência e a justiça” justapõem elementos de mesma função sintática, ao passo que a vírgula usada em “A Renascença enaltecia a intrepidez; os puritanos, a parcimônia e a labuta” justapõe elementos com funções sintáticas distintas.



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