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Prefeitura Municipal de Marília
Questão 1 de 1

Mais uma barragem

 

Parece um pesadelo sem fim. Somente quatro meses depois da tragédia de Brumadinho, e três anos e meio desde o rompimento da barragem de Mariana, o estado de Minas Gerais se encontra às voltas com a possibilidade iminente de mais um desastre do gênero.

 

O sinal de alerta soou no complexo minerário Gongo Soco, também pertencente à Vale, no município de Barão de Cocais, onde o talude que forma a parede da cava da mina deverá ceder nos próximos dias.

 

O risco é que a vibração provoque danos à barragem de rejeitos localizada a 1,5 km distante da cava, levando à sua ruptura. Tanto a empresa como a Agência Nacional de Mineração (ANM), no entanto, afirmam não ser possível prever as avarias que o evento causará.

 

A encosta de sustentação vinha se movimentando cerca 10 centímetros por ano desde 2012, medida considerada aceitável para uma cava profunda, segundo a ANM. Desde o fim de abril, porém, a velocidade do deslocamento acelerou-se para 5 centímetros por dia, condenando a estrutura.

 

“O talude da cava vai se romper com a gravidade, isso é um fato. O que estamos fazendo agora é minimizar os riscos e evitar que pessoas transitem dentro da cava ou que sejam atingidas”, afirmou o diretor da ANM Eduardo Leão.

 

Felizmente, mesmo que o pior cenário se concretize, não há risco de uma catástrofe humana como a que houve em Brumadinho, na qual morreram quase 300 pessoas.

 

Os moradores das comunidades mais próximas à mina de Gongo Soco, que seriam atingidos em questão de minutos, foram retirados da área em fevereiro, quando a barragem ameaçada atingiu o nível 2 (numa escala de 1 a 3). De acordo com a Defesa Civil de Minas, 443 pessoas deixaram suas casas. Já os residentes da área urbana, que receberia a onda de lama em cerca de uma hora, vêm passando por treinamentos de fuga.

 

Qualquer que seja o desfecho, o episódio traz à tona a imprudência não raro criminosa que permite a proximidade de barragens de rejeitos e povoações humanas.

 

Um enorme contingente convive, quiçá sem o saber, com o horizonte sombrio da ruptura.

 

São 3,5 milhões de pessoas habitando cidades com estruturas que apresentam risco de rompimento – um total de 45, em mais de 30 municípios de 13 estados. Inexiste na legislação distância mínima a ser respeitada entre barragens e comunidades do entorno.

 

Mais grave, entretanto, é a incúria de empresas e órgãos de controle que pode levar ao terceiro rompimento de um reservatório de rejeitos em tão pouco tempo.

 

(Editorial. Folha de S.Paulo, 22.05.2109. Adaptado)

 

Considere a seguinte passagem escrita a partir do texto:

 

Os moradores das comunidades próximas à mina foram retirados da área           alguns meses, quando a barragem ameaçada atingiu níveis                    . De acordo com a Defesa Civil de Minas, os ocupantes da maioria das casas do entorno foram evacuados. Já na região urbana, mais                    das áreas de risco, treinamentos de fuga estão sendo                       em toda a sua extensão.

 

Em conformidade com a norma-padrão da língua, as lacunas do trecho devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:



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