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Minha experiência vinha me ensinando que o educando precisa de se assumir como tal, mas, assumir-se como educando significa reconhecer-se como sujeito que é capaz de conhecer e que quer conhecer em relação com outro sujeito igualmente capaz de conhecer, o educador e, entre os dois, possibilitando a tarefa de ambos, o objeto de conhecimento. Ensinar e aprender são assim momentos de um processo maior – o de conhecer, que implica re-conhecer.
O educando se reconhece conhecendo os objetos, descobrindo que é capaz de conhecer, assistindo à imersão dos significados em cujo processo se vai tornando também significador crítico. Mais do que ser educando por causa de uma razão qualquer, o educando precisa tornar-se educando assumindo-se como sujeito cognoscente e não como incidência do discurso do educador. Nisto é que reside, em última análise, a grande importância política do ato de ensinar. Entre outros ângulos, este é o que distingue uma educadora ou educador progressista de seu colega reacionário. (Paulo Freire. Pedagogia da Esperança. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1992, p. 47-9).
O texto de Paulo Freire nos revela que:
I. Paulo Freire afirma que o conteúdo vai tornando “significador crítico” no processo maior de conhecer e, também, re-conhecer.
II. O autor nos revela a importância da postura passiva do educando no contexto de aprendizagem, pois ao receber os conteúdos depositados esta postura do educando é progressista.
III. O processo de ensino-aprendizagem envolve o ato político de constituir no processo de ensino as aprendizagens significativas, pois objetiva reconhecer no educando um sujeito cognoscente e crítico.