Pela disposição estética do espírito, a espontaneidade da razão é iniciada já no campo da sensibilidade, o poder da sensação é quebrado dentro de seus próprios domínios, o homem físico é enobrecido de tal maneira que o espiritual, de ora em diante, só precisa desenvolver-se dele segundo as leis da liberdade. O passo do estado estético para o lógico e moral (da beleza para a liberdade e o dever) é, pois, infinitamente mais fácil que o do estado físico para o estético (da vida meramente cega para a forma).
Adaptado de SCHILLER, F. A educação estética do homem. São Paulo: Iluminuras, 1990, p. 118.