É preciso refletir sobre este dado incontornável: a arte tem representado, desde a pré-história, uma atividade fundamental do ser humano. Atividade que, ao produzir objetos e suscitar certos estados psíquicos no receptor, não esgota absolutamente o seu sentido nessas operações. Estas decorrem de um processo totalizante, que as condiciona: o que nos leva a sondar o ser da arte enquanto modo específico de os homens entrarem em relação com o universo e consigo mesmos.
Adaptado de BOSI, A. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1986, p. 8.