Em relação a grupos armados, como narcotraficantes, “polícias mineiras” e grupos de extermínio, as milícias se diferenciam em dois traços definitórios, consistentes em:
discurso de legitimação, ou seja, a tentativa de convencer a sociedade da bondade do seu projeto; controle direto por parte dos agentes ou ex-agentes do Estado;
organização hierárquica, com revezamento de atividades ou funções e liderança definida; objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza;
sistema de relações, com hierarquias e associações temporárias; fornecimento de bens e serviços ilegais em um mercado alternativo;
capacidade de coação e uso da violência contra aqueles que se opõem; manutenção das atividades por longo período de tempo.