É inegável, hoje, a importância das novas tecnologias de comunicação e de multimídia no acesso ao conhecimento produzido em diferentes campos do saber, em distintas regiões geográficas. Esse acesso é importante para que se conheçam as decisões, as versões e as opiniões em diferenciados campos do saber e de sua produção. A quantidade de conhecimento produzido, seja na medicina, seja na física nuclear, seja na história, e sua disponibilização permitem que, com critérios de seletividade e com a utilização das redes telemáticas, as pessoas tenham potencialmente acesso a essa produção.
Isso é importante? Parece que sim, porque as descobertas científicas, as interpretações históricas, os eventos que isso suscita e as opiniões sobre eles, em um mundo também potencialmente globalizado em seus aspectos econômicos, políticos, culturais e midiáticos, interessam às pessoas, que deles receberão efeitos. Ao mesmo tempo, as decisões políticas, próximas ou distantes, públicas ou secretas, terão efeito na vida do mais remoto e pacato cidadão de distantes regiões, de diferentes mundos culturais e sociais.
É importante que, dentro desse contexto, sejam aprofundados estudos sobre os limites para o exercício ético da atividade profissional no jornalismo, diagnosticando-se os principais problemas existentes hoje e situando-se, simultaneamente, suas possibilidades de solução. É preciso estabelecer a potencialidade e os limites do exercício profissional, mas, ao mesmo tempo, mostrar as mudanças que a multimídia e as novas tecnologias, em geral, apontam para a área, para a nova mediação social da realidade que os profissionais serão desafiados a fazer e para os limites que se avizinham e aumentam.
Francisco José C. Karam. Formação e ética jornalística.
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