A história da prática profissional do Serviço Social brasileiro é polarizada pelos interesses de classes sociais. Nesse sentido, é correto afirmar que:
Nos anos 1930, embora o Estado tenha assumido a regulação das tensões entre as classes sociais – por meio da CLT e do Salário Mínimo –, ele não reconheceu a legitimidade da questão social no âmbito das relações entre capital e trabalho.
Em 1932, é criado o Centro de Estudos e Ação Social (CEAS), a primeira escola de Serviço Social, a qual era mantida com mensalidades das sócias e tinha como objetivos principais a difusão da doutrina católica e a ação social da Igreja.
Os referenciais orientadores do pensamento e da ação do emergente Serviço Social brasileiro têm sua fonte na Doutrina Social da Igreja, no ideário franco-belga de ação social e no pensamento de São Tomás de Aquino: o tomismo e o neotomismo.
A formulação dos primeiros objetivos político-sociais do Serviço Social brasileiro é fundamentada em sua relação com a Igreja Católica e orientado por posicionamentos de cunho revolucionários, contrário aos ideais liberais.