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Prefeitura Municipal de Mossoró
Questão 1 de 1

Texto

 

Há muitos séculos, as narrativas dos deuses e deusas nórdicas têm fascinado o mundo ocidental, seja em manifestações artísticas ou em narrativas literárias. Mesmo o Brasil já apresentava certo interesse nessa temática, visto o envolvimento de alguns acadêmicos do Império e da Primeira República com as deidades nórdicas – a exemplo do naturalista João Barbosa Rodrigues e sua busca pelos “filhos de Odin” na Amazônia.

 

Na década de 1950, o escritor paulista Owen Mussolin – mais conhecido como Esopinho – já escrevia obras de popularização sobre Mitologia Nórdica. Mais recentemente, o sucesso do Dicionário de Mitologia Nórdica, publicado pela editora Hedra, demonstra a imensa atração que o público ainda mantém em conhecer mais profundamente o universo que envolve as narrativas míticas da Escandinávia.

 

Em se tratando de um estudo sobre mitologia, obviamente, temos que definir o que é mito. Uma tarefa nada fácil, visto que existem dezenas de definições, de conceitos e perspectivas teóricas. De nossa parte, somos inclinados a não tomar parte de um referencial fenomenológico. Ou seja, não compartilhamos da visão de que existe uma essência humana universal, atemporal, que constitui a base de todos os mitos em todos os lugares e épocas. Em nossa concepção, os mitos devem ser percebidos em um referencial histórico e ao mesmo tempo, cultural.

 

Neste sentido, os mitos são narrativas (orais, literárias ou visuais), acerca de deuses, heróis, monstros, origem do mundo ou elementos da natureza. São estruturas de sentido, porque tem a função de explicar o mundo dos humanos, dos deuses e do cosmos. Podem ter conotação religiosa ou alguma ligação com o “sagrado”, mas não necessariamente.

 

Em Português o melhor recurso bibliográfico é o Dicionário de Mitologia Nórdica: símbolos, mitos e ritos, publicado pela editora Hedra em 2005. Contando com a participação de vinte e dois pesquisadores nacionais e estrangeiros, é composto por duzentos e dez verbetes e mais de quarenta ilustrações. O dicionário detalha amplamente os mais variados deuses, deusas, narrativas, localidades, fontes primárias, temas, símbolos e sagas, apresentando em cada verbete indicações bibliográficas atualizadas.

 

Além dele, há ainda alguns sites que servem como fonte de pesquisa, como o Germanic Mythology – que fornecem ampla variedade de documentos para pesquisa, de obras analíticas desde o século XVIII até a atualidade, dicionários e ferramentas linguísticas, narrativas e imagens artísticas – e o The Norse Mythology Blog – outro site com arquivos e seções interessantes. Já em Português, o melhor recurso online é o site do NEVE (Núcleo de Estudos Vikings e Escandinavos) com acesso a diversos livros, artigos, eventos, dissertações e teses, periódicos e ensaios sobre Mitologia Nórdica.

 

Fonte: https://www.livrosvikings.com.br/noticia/uma-introducao-as-fontes-da-mitologia-nordica. (adaptado)

 

Leia as sentenças a seguir:

 

“Em nossa concepção, os mitos devem ser percebidos em um referencial histórico e ao mesmo tempo, cultural.”

 

“[...] e o The Norse Mythology Blog – outro site com arquivos e seções interessantes”.

 

A fim de manter seus significados originais, os termos destacados podem ser substituídos, respectivamente, por:



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