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Texto

 

Os Ombros Suportam o Mundo

 

Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.

Tempo de absoluta depuração.

Tempo em que não se diz mais: meu amor.

Porque o amor resultou inútil.

E os olhos não choram.

E as mãos tecem apenas o rude trabalho.

E o coração está seco.

 

Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.

Ficaste sozinho, a luz apagou-se,

mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.

És todo certeza, já não sabes sofrer.

E nada esperas de teus amigos.

 

Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?

Teus ombros suportam o mundo

e ele não pesa mais que a mão de uma criança.

As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios

provam apenas que a vida prossegue

e nem todos se libertaram ainda.

Alguns, achando bárbaro o espetáculo

prefeririam (os delicados) morrer.

Chegou um tempo em que não adianta morrer.

Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.

A vida apenas, sem mistificação.

 

Carlos Drummond de Andrade

 

Considerando o texto, analise as proposições a seguir:

 

1- Nos três últimos versos da primeira estrofe, aparece a figura de linguagem chamada de polissíndeto reforçando a ideia de adição.

 

2- No verso “ Ficaste sozinho, a luz apagou-se”, a forma verbal sublinhada está na voz passiva analítica.

 

3- No verso “ mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.”, o termo sublinhado estabelece uma relação de oposição.

 

4- No verso “ As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios” o sujeito é composto.

 

5- No verso “ És todo certeza, já não sabes sofrer.”, a forma verbal destacada corresponde ao verbo “ ser” e está conjugada na segunda pessoa do presente do indicativo.

 

Sobre as proposições acima é possível afirmar:


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