De trem pela Suíça
O país possui a rede de transporte mais densa e
integrada do mundo. Conheça as outras maravilhas
dessa terra (além do chocolate e do relógio) a partir das
janelas de uma locomotiva – ou até do balanço de um
barco, você escolhe
O trem já foi, um dia, um meio de transporte de passageiros utilizado no Brasil. Na década de 1960, cerca de 100 milhões de pessoas eram transportadas em funiculares interurbanos. Com o passar dos anos, as rodovias e os carros foram ganhando a preferência, e hoje a maior parte dos trilhos ainda em operação é para mover cargas. Por mais que os brasileiros não estejam acostumados a zanzar por aí em vagões, ir de um lugar a outro de trem na Europa é um grande barato. Especialmente na Suíça. A terra dos relógios possui uma avançada malha ferroviária, que conta com integrações rodoviárias e fluviais. Você pode conhecer cada esquina do país com o Swiss Travel System. São 26 mil quilômetros de caminhos por terra e água – em um país que tem o tamanho do Estado do Rio. Os trens, barcos e ônibus partem de meia em meia hora, ou a cada uma hora, com a precisão de um ponteiro suíço. No verão, dá para trocar o calor de Zurique pelo frio dos Alpes em cerca de uma hora. Para quem gosta de aventura, a mais íngreme ferrovia do mundo sai da estação de Alpnachstad, com inclinação de 48%, e vai até o Monte Pilatus, a dois mil metros de altitude, passando por florestas e paredões rochosos. O Trem do Chocolate, que sai de Montreux, leva você ao mundo dessas famosas delícias. [...]
BRASILIENSE, Fabrício (ed.). De trem pela Suíça.
Revista Viagem e Turismo. Edição 233. São Paulo.
Editora Abril. Mar. 2015.