É assim que o feminismo dos anos 90 [do século 20] dedica-se, sobretudo, à questão da diversidade entre as mulheres. A crítica ao uso monolítico da categoria “mulher” parece ser mesmo um dos principais efeitos da globalização do feminismo operada nos anos 70. Vão-se, nesse sentido, refinando uma série de variáveis que afetam significativamente a identidade de gênero, como país, etnia e orientação sexual. Com o reconhecimento da diversidade, há a incorporação de uma variedade de discursos no interior do campo teórico feminista, o que resulta na profunda heterogeneidade do sujeito na contemporaneidade –ou mesmo na sua dissolução.
MARTINS, Ana Paula Antunes. O Sujeito “nas ondas” do Feminismo e o lugar do corpo na contemporaneidade. Revista Café com Sociologia. v.4, n.1, jan. / abr., 2015.