Pode-se dizer que o romance O primo Basílio, de Eça de Queirós, representa a primeira fase do Realismo português porque:
tenta demonstrar como o amor se tornou secundário na sociedade positivista do final do século XIX, criticando o casamento por conveniência e o ócio feminino;
enfoca uma família burguesa urbana da segunda metade do século XIX português, através da qual aponta as mazelas da sociedade da época e critica severamente a literatura romântica e sua influência na educação das moças;
aborda o casamento pela ótica burguesa como reflexo de uma sociedade marcada pelo pragmatismo ultrarromântico e repressivo dos fins do século XIX português;
enfoca uma família burguesa urbana da segunda metade do século XIX português, através da qual critica a Igreja e o casamento tradicional pela ótica do socialismo utópico, abordando os vícios e virtudes observáveis tanto nas relações amorosas e familiares quanto nas relações de trabalho da época.