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Universidade Estadual do Ceará
Questão 1 de 1
Assunto: Paralelismo

Moderna e Eterna

 

Cem anos após inaugurar a primeira exposição modernista do Brasil, que serviu de embrião para a Semana de 1922, Anita Malfatti ganha uma grande mostra, em São Paulo, sobre seu legado.

 

Uma semana após inaugurar aquela que seria a primeira exposição de arte moderna no Brasil, no dia 12 de dezembro de 1917, Anita Malfatti (1889-1964) teve cinco telas devolvidas por seus compradores, além de receber dezenas de bilhetes anônimos falando mal de suas obras. O motivo? A crítica feroz do influente escritor Monteiro Lobato (1882-1948), que comparou o trabalho da paulistana “aos desenhos de internos dos manicômios”. A mostra de Malfatti serviu de embrião para a revolução artística que culminaria na Semana de Arte Moderna de 1922, protagonizada por ela, Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti Del Picchia – conhecidos como o Grupo dos Cinco. É em comemoração a essa emblemática exposição que o MAM de São Paulo inaugura no próximo dia 7 Anita Malfatti: 100 Anos de Arte Moderna.

 

Graças à crítica de Lobato, Anita tornou-se a mártir do modernismo brasileiro”, explica a curadoura Regina Teixeira de Barros. Foi depois da publicação do artigo do escritor que começaram a se reunir em torno dela jovens poetas e artistas inconformados com a linguagem tradicional que dominava o cenário cultural da época. Apesar de ser mais discreta na forma de agir e se vestir que sua amiga Tarsila, Anita não deixou de ganhar notoriedade e reconhecimento em mercado ainda dominado por homens.

 

Aos 20 anos mudou-se para a Alemanha, onde se apaixonou pelo expressionismo. Depois seguiu para os Estados Unidos, terra natal de sua mãe, pintora nas horas vagas e a primeira a incentivar a filha a seguir o sonho de ser artista. Casada com o engenheiro italiano Samuelli Malfatti, Elizabeth Krug viajava com a filha desde pequena pela Europa, não apenas para iniciá-la no mundo das artes, mas por causa de um problema congênito de Anita – uma atrofia no braço e na mão direita. Sem grandes resultados no tratamento, a pintora usava lenços coloridos para enconder a malformação na mão – o que a levou a ter uma bela coleção do acessório para diversas ocasiões.

 

Ela não se deixou abater. Aprendeu a pintar com a mão esquerda, algo marcante em sua personalidade. Conforme crescia, experimentava voluntariamente a fome, a cegueira e a sede, na busca de sensações físicas de “superação do eu”, como ela mesma descrevia. Um dos fatos insuperáveis, no entanto, foi sua paixão nem tão secreta assim pelo grande amigo Mário de Andrade. Homossexual convicto, o modernista nunca correspondeu (sic) o amor de Anita. Após a Semana de 1922 (e apesar de sua profunda admiração pela amiga), Mário decidiu não apoiá-la quando, nas décadas de 30 e 40, a artista decidiu inspirar-se nas pinturas da academia em suas novas produções. “Ela fraquejou, sua mão, indecisa, se perdeu”, comentou ele à época. Mário recusou também as pinturas de Anita para o Salão de Belas Artes, o que provocou uma fissura na relação dos dois. “Ele foi um dos críticos que não assimilou que o modernismo não era apenas feito de ruptura à tradição, mas também [de] uma reflexão sobre o passado, algo que Anita conseguiu colocar de forma magistral em suas pinturas”, explica Regina.

 

Entre as poucas obras que mostram a amizade do Grupo dos Cinco, a mais conhecida é certamente um desenho homônimo assinado por Anita, destaque da mostra de São Paulo. Nele a pintora e Mário aparecem tocando piano, enquanto Tarsila, Oswald e Menotti estão deitados. A cena mostra o ambiente genuíno no qual a Semana de Arte Moderna de 1922 nasceu, resume a curadora.

 

(Ana Carolina Ralston. Vogue. Fevereiro de 2016. p. 86-87.)

 

“Casada com o engenheiro italiano Samuelle Malfatti, Elizabeth Krug viajava com a filha pequena pela Europa, não apenas para iniciá-la no mundo das artes, mas por causa de um problema congênito de Anita — uma atrofia no braço e na mão direita.”

 

O enunciado acima peca por falta de paralelismo sintático. Assinale a opção em que o paralelismo está presente.


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