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O poeta Olavo Bilac, numa carta endereçada a um amigo em 1887, construiu uma imagem negativa da cidade onde residia, São Paulo, que, segundo ele, era
uma bexiga. Isto não vale dois caracóis (...) Não posso viver numa terra onde só há frio, garoa, lama, republicanos, separatistas e tupinambás.
Decênios depois, Patrícia Galvão (Pagu) apresentava uma cidade diferente:
São Paulo é o maior centro industrial da América do Sul: o pessoal da tecelagem soletra no cocoruto imperialista do [bonde] “camarão”. A italianinha matinal dá uma banana pro bonde.
(Parque industrial, 1933.)
Da data da carta de Bilac ao ano da publicação do livro de Pagu, houve em São Paulo modificações provocadas