Enunciados de questões e informações de concursos
Leia o texto II, para responder a questão.
TEXTO II
Nós vivemos em tempos de busca de comprovações. No entanto, a astrologia, a vidência e a magia não perderam sua atratividade. Pelo contrário: no Brasil não há levantamentos específicos sobre o tema, mas muita gente ainda bate três vezes na madeira para espantar o azar e certamente vai repetir a roupa que acredita lhe trazer sorte. Que o digam os jogadores da Seleção Brasileira. Entre os alemães, por exemplo, a crença em bons ou maus augúrios está hoje mais disseminada do que há um quarto de século, relatou o Instituto de Opinião Pública de Allensbach, após uma enquete em 2005. 42% dos entrevistados consideravam, por exemplo, o trevo de quatro folhas um bom sinal. Segundo dados da National Science Foundation de 2002, mais de 40% dos americanos estão convencidos: o diabo, espíritos ou fenômenos sobrenaturais, como curas milagrosas, realmente existem.
Nem mesmo cientistas estão livres de superstições: em 2008, Richard Coll e seus colegas da Universidade de Waikato, em Hamilton, Nova Zelândia, entrevistaram 40 representantes de diversas disciplinas - entre eles, físicos, químicos e biólogos - sobre sua opinião a respeito de fenômenos sobrenaturais. Vários acreditavam no efeito curativo de pedras preciosas, outros, na existência de espíritos ou extraterrestres, e quase sempre com base em experiências pessoais ou em relatos convincentes. Alguns disseram que amigos e parentes teriam sido curados de graves doenças por meio de um apelo a um poder maior. Os céticos, por sua vez, justificavam quase sempre sua postura de rejeição com considerações teóricas.
Conclusão: a crença no sobrenatural não deixou de existir de forma alguma em tempos de ciência moderna. As pessoas tendem a imaginar que eventos concomitantes têm uma relação causal entre si, apesar de, na verdade, serem independentes. Quem experimenta o sucesso em diferentes situações e por fim percebe que esteve sempre usando a mesma jaqueta nesses momentos, provavelmente logo vai considerá-la o seu talismã pessoal - sem procurar as causas reais para o sucesso [...] .
(GRÜTER, Thomas. Não pode ser coincidência. Revista Mente e Cérebro. 206.
ed. mar. 2010).
A relação estabelecida entre a primeira ideia expressa no texto, a de que "Nós vivemos em tempos de busca de comprovações.", e as demais é de: