A guerra contra o Iraque aprofundou a ruptura entre a Europa e os Estados Unidos da América (EUA) e enfureceu a maior parte dos muçulmanos ao redor do mundo, constatou a pesquisa The Pew Global Attitudes Project, realizada após consultas com mais de 16 mil pessoas em vinte países — incluindo o Brasil.
Eis algumas das conclusões mais marcantes do estudo:
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O apoio aos EUA chegou aos níveis mais baixos na maioria dos países muçulmanos, do Oriente Médio e do Paquistão à Indonésia e algumas nações africanas. Em todo o mundo, 57% dos entrevistados disseram ter uma visão negativa dos EUA.
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Nos países que se opuseram à invasão do Iraque, há a impressão generalizada de que a coalização não se preocupou em evitar baixas civis. De outra parte, nos países que integraram a coalização e em Israel, a percepção é a de que a preocupação com os civis foi grande.
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A visão positiva da ONU em todo o mundo caiu de 75% para 45% dos entrevistados.
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Na França, 83% dos entrevistados disseram apoiar a posição do governo de Jacques Chirac de opor-se à guerra.
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Entre os europeus, a confiança na condução da política exterior de Chirac e do chanceler alemão, Gerhard Schröeder, está acima dos 75%.
Com o auxílio do texto acima, julgue o item que se segue, referente ao cenário mundial contemporâneo.
Ao se decidirem pelo ataque ao Iraque de Saddam Hussein, os EUA levaram em consideração o fato de que os dois países economicamente mais poderosos da União Européia estariam — como estiveram — ao seu lado.