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UM ALERTA PARA AS REDES SOCIAIS
O debate sobre a responsabilidade do Facebook e outras redes sociais ganhou contornos mais concretos [...]. Uma das maiores empresas anunciantes do mundo, informou que cortará os investimentos de publicidade nas redes sociais se elas não combaterem fake news, publicações de ódio ou conteúdos tóxicos em suas plataformas [...]. Não há dúvida de que as redes sociais têm sido ambiente fértil para a difusão de notícias mentirosas, com graves consequências políticas e sociais. Recentemente, até o Facebook reconheceu que podia causar danos à democracia. “As redes sociais podem apresentar um risco à democracia ao permitir a divulgação de mentiras”, disse Samidh Chakrabarti, diretor de produto e responsável pelas políticas globais da empresa. Na ocasião, ele prometeu que o ano de 2018 seria dedicado a neutralizar os riscos causados pela rede social.
No entanto, as empresas que controlam as redes sociais continuam atuando como se o problema não as afetasse diretamente. Querem fazer crer que a responsabilidade pela difusão de notícias mentirosas e de conteúdo antiético caberia tão somente aos maus usuários. As redes sociais seriam, em último termo, ambientes de liberdade e, como tais, imparciais.
Tal visão das coisas, é óbvio, não corresponde à realidade. As redes sociais não são imparciais. Seus algoritmos interferem decisivamente no que cada usuário vê. A ausência de neutralidade foi reconhecida, por exemplo, pelo Facebook ao anunciar, no início do ano, que passaria a privilegiar, no mural de notícias a timeline, o tráfego de postagens pessoais em detrimento de publicações produzidas por veículos de comunicação. Ou seja, é a empresa que define como será a suposta “neutralidade”.
As redes sociais podem fazer muito mais do que estão fazendo para combater as notícias mentirosas. E o primeiro passo é reconhecer que não se trata apenas de uma possibilidade, mas de um dever. Elas são responsáveis por assegurar que suas plataformas não sejam um ambiente de criminalidade, de abuso de poder, de desinformação. Se continuarem se omitindo, a consequência é cristalina, [...]. Receberão cada vez mais de pessoas e de empresas a alcunha de inidôneas.
(Disponível em: <http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,um-alerta-para-as-redes-sociais,70002193543> Acesso em 20 de mar. 2018. [adaptado])
A análise sobre o excerto transcrito nas alternativas está correta, EXCETO: